sábado, 28 de novembro de 2015

Quando o clássico se encontra com o nativo...




Na última terça-feria, dia 24 , aconteceu no Auditório Araujo Vianna  praticamente lotado, a 3° Edição de O Grande Encontro, espetáculo que reúne os grandes nomes da musica do Estado. Este ano a grande novidade foi a participação da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre -OSPA sob a regencia de Tiago Flores,  trazendo uma bela interação do erudito com o nativismo.


Este grande espetáculo tem como realizador Airton "Patinete" dos Anjos que a cada edição tem a preocupação de não repetir formulas.Nesta edição além da participação da Ospa o repertório não foi voltado para musicas de destaque em festivais mas foi feito uma seleção de musicas de diversos períodos e que estão muito presentes na memoria afetiva de quem acompanha o gênero nativista, apresentando composições de Barbosa Lessa, Gildo de Freitas e Teixeirinha bem como algumas musicas autorais.

Algumas canções já haviam sido interpretadas por orquestras anteriormente e outras receberam arranjos inéditos especialmente para esta apresentação.

Na minha opinião musica boa não deve ter barreiras e não precisa de rótulos, a interação da orquestra com a musica regional foi perfeita. O "mestre de cerimonias" do espetáculo foi Doroteo Fagundes e a abertura ficou por conta da OSPA com a participação especial da Cadica Companhia de Dança, a partir dai o foram 14 musicas de diferentes períodos da musica nativista, foi um grande desfile de grandes artistas que se revesaram no palco. 

Preciso destacar alguns momentos que achei muito bons: Renato Borghetti e Daniel Sá são sempre impecáveis; ver Mauro Morais e Bebeto Alves dividindo palco é lindo demais; gostei muito da interpretação de Bere de "Leontina das Dores espera de seu filho";Tambo do Bando cantando "Os homens de preto" foi de arrepiar. Mas o momento que mais me emocionou de fato, levando-me as lagrimas, foi ver Dante Ramon Ledesma entrar ao palco com a ajuda creio, de seu filho, a cantar ao lado de Elton Saldanha e Daniel Torres a canção "Castelhana" da plateia pude perceber e registrar em imagens a emoção dele em estar participando daquele encontro.

  

  

  

Ao final, todos subiram ao palco e juntos deram um bis com Querencia Amada de Teixeirinha e foi aí que fora do que estava previsto no roteiro um pequeno grupo da plateia começa a entoar o Hino Riograndense que aos poucos foi tomando força na plateia para ser seguido pelos artistas que estavam no palco e me atrevo a dizer que esta tenha sido uma grande surpresa e emoção para quem esta sobre o palco, talvez muito maior do que para quem estava na plateia...manifestações espontâneas sempre marcam e comovem.

   

    


Tenho que confessar esta foi a unica edição que assisti, não estava na primeira ou segunda edição mas posso garantir que mesmo não acompanhando de perto a musica nativista, principalmente a nova geração, com certeza estarei na quarta edição deste grande encontro pois musica boa é musica boa independente do estilo.




    


    



 

  










































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