sábado, 31 de dezembro de 2016

Que venha 2017...



Faz algum tempo que não escrevo nada no blog, acho que tive uma especie de bloqueio, foram meses de muito trabalho e neste finalzinho de ano tivemos alguns percalços que abalaram a todos... Dei uma rápida espiada e fiz um levantamento de todo material que tenho, não fui a tudo que gostaria, nem publiquei todos os eventos e atividades nas quais estive. Entre exposições, teatro, literatura, manifestações e musica...muita musica, são mais de 200 pastas com pelo menos 200 fotografias em cada. 
Em outubro quando o blog completou um ano não comemorei, na verdade acabei fazendo uma parada gradual mas não intencional nas publicações, fiz um canal no YouTube para direcionar os videos que quase sempre faço nos shows mas, na pratica ainda estou avaliando como vou administrar e movimentar o blog em 2017. 
Quero fazer mais, escrever mais, divulgar muito mais porque a cultura perdeu espaços importantes em 2016, espaços que precisamos recuperar, com relação ao Cafuna Cultural seja aqui no blog, no facebook ou no youtube, disciplina deve ser a palavra chave para 2017, manter um ritmo constante de trabalho e de publicações, não me deixar abater, dentro das minhas limitações manter-me ativa, fazer a resistência.

Em 2016 mantive algumas parcerias fixas, artistas e grupos que acompanhei com mais frequência mas se tenho que escolher um evento para destacar como um marco cultural de 2016 esse seria o UNIMUSICA que este ano completou 35 anos e recebeu um belo reconhecimento no Premio Açorianos de Musica. A temática escolhida para 2016 fui a palavra futuro, e como foi apropriado falar sobre futuro em um momento em que o futuro nos parece tão incerto. Outro destaque deste ano no UNIMUSICA 2016 foi ter tido a participação apenas de mulheres, formam 6 apresentações, de junho a novembro, abrindo com Maria Bethania e fechando com Elza Soares,duas monstras no melhor dos sentidos e no meio delas tivemos Juçara Marçal, Karina Buhr, Marlui Miranda e as nossas meninas Carina Levitan, Gutcha Ramil, Gisele De Santi e Vanessa Longoni que juntas brilharam em outubro. 
O futuro não podia ter sido melhor representado, cada mês com um estilo e personalidade diferente, uma força, um brilho... Todos  espetáculos foram maravilhosos te tido a oportunidade de ver Maria Bethania declamando divinamente e cantando ou a força e o exemplo de Elza Soares foram dois momentos incríveis, mas tenho que confessar que tratando-se da palavre Futuro  foi em outubro que mais me comovi e me emocionei...
Esta certo que em outubro foi um show encomendado para o UNIMUSICA com a temática futuro mas as  gurias não se intimidaram, muito pelo contrario, garimparam musicas pouco conhecidas, de diversos artistas e montaram um show lindo, cada uma com sua personalidade e estilo conversaram e interagiram de maneira tão harmoniosa através das canções que chorei da primeira a ultima musica, tamanha a minha emoção... e por ironia do destino este é o show que tenho menos registros pois neste dia acabei esquecendo a câmera em casa.

Pra 2017 desejo a todos um futuro melhor, com muito trabalho e muita cultura, seguiremos em frente, seguiremos na luta!

  




 

 

 






 
 

 














domingo, 16 de outubro de 2016

Homens desgovernados, humor de perto




Depois de passar por dificuldades técnicas com computador e internet é  hora de falar sobre homens, mas não vou falar sobre qualquer homem, vou falar sobre três grandes artistas com uma grande trajetória individual e que juntos conseguem nos fazer rir do cotidiano e principalmente de nós mesmos.
Vamos um por um.
 Oscar Simch tem aquela tradicional voz de locutor de radio e durante muito tempo vez parte do elenco e produção do programa infantil Pandorga da TVE -RS, parte da infância de varias gerações e talvez seja, na minha opinião uma das melhores produções infantis realizadas pela televisão aberta em todo o país. Oscar estudou música e tem um repertório de musicas  próprias tendo, inclusive, se apresentado com shows autorais em alguns bares da cidade. é muito atuante no teatro como ator, diretor e produtor e no cinema também.
José Victor Castiel começa a fazer teatro ainda no colégio, profissionalmente sua estreia foi na peça A Verdadeira História de Édipo Rei em 1985, ficando quase quatro anos em cartaz.  Zé Vitor trabalhou com Julio Conte e depois de vários filmes e programas na RBSTV passou a integrar o elenco da rede globo participando de varias telenovelas e minisséries mesmo continuando vivendo e fazendo teatro em Porto Alegre. Em 2001 escreve e publica o livro A Morte de Clóvis (L&PM Editora)  com cronicas, memorias e histórias do teatro gaúcho. Foi responsável pela direção artística do Teatro do IPE de 2005 a 2007, casa de espetáculos tradicional na cidade que hoje se encontra fechado e em estado de abandono, também é um dos principais idealizadores e produtor do Porto Verão Alegre que acontece desde 1999.
Rogerio Beretta estudou Artes Cênicas na UFRGS e quatro anos depois recebeu uma bolsa de estudos na Espanha onde fica por sete anos. Em 1995 retorna ao Brasil e atua como ator, produtor, diretor e professor de teatro. Faz parte da produção e organização do do Porto Verão Alegre assim como o Circuito Gaúcho de Teatro e a Mostra de Inverno. Já recebeu diversas indicações e prêmios por seus trabalho no teatro. Como diretor se destacam trabalhos como Esperando Godot, La Isla Amarilla, A Lição, Amigas do Peito. No cinema e vídeo fez parte das produções Neto e o Domador de Cavalos, A Ferro e Fogo, Diário de um Novo Mundo e Bola de Fogo entre outros.
Durante vários momentos de suas trajetórias individuais estes três talentosos atores se encontraram mas foi em 2003, que o trio estreiou a comédia Homens de Perto, que se transformou em em dos maiores sucessos de publico do teatro gaúcho. No inicio era uma comedia de costumes, uma divertida visão do universo masculino, uma sátira ao mundo machista, tentando mostrar que tudo que as mulheres pensam e falam dos homens esta totalmente certo. A ideia deu tão certo que este ano estreiaram Homens de Perto - Desgovernados, aproveitando o atual momento politico nacional que, depois de alguns anos, volta a ser uma grande opção de assuntos para um humorista, o espetáculo tem a direção de Nestor Monastério e textos de Artur José Pinto. 
Já havia assistido Homens de Perto I e II,  talvez pelo tema politica abordado neste novo trabalho ele me agradou muito mais... os improvisos são constantes e até quando algo foge do controle consegue ser contornado com muita naturalidade, é bom ver como eles se divertem fazendo as cenas e realmente ruem muito uns dos outros.
Tive oportunidade de assistir a peça em Gravataí no final de setembro, em determinado momento eles induzem o publico a se manifestarem, dizer sobre o que querem protestar... senti que os tres artistas queriam escutar um FORA TEMER vindo da plateia, ouve uma insistência nesse momento, mas como não deu resultado foram para o plano B e seguiram o espetáculo, talvez a maioria das pessoas não tenha se dado conta disso, como também não se deram conta de que a entrada do diretor no palco no inicio do espetáculo não estava programada,  que o Oscar realmente esqueceu a musica e não conseguia iniciar a cena...tudo isso aconteceu sem nenhum constrangimento e com muita diversão.
Em alguns momentos rir é o melhor remédio afinal, mesmo eu querendo e esperando outra solução o fato é que , o que não tem remédio...remediado esta.