quarta-feira, 30 de março de 2016

Pra não se proteger da felicidade... Ana Lonardi

Na terça-feira, dia 22/03 estive no Show Não Se Proteja. da Felicidade de Ana Lonardi...
Por onde começar a falar sobre Ana Lonardi? De certo não será pelo The Voice Brasil...
A primeira vez que assisti Ana Lonardi foi em junho de 2014 no show Samba e Leveza do Musical Evora do Theatro São Pedro, naquele momento fiquei muito impressionada com o brilho e carisma daquela moça que fez todos naquela sala cantarem suas composições.
A partir daquele momento passei a acompanhar o trabalho desenvolvido por ela com muito mais atenção. Em 17 de junho de 2015 assisti pela primeira vez o Show Não Se Proteja da Felicidade no Sesc de Gravatai, depois teve o Show Iluminar no Sarau do Solar em julho  e em outubro o Festival de Musica Francesa onde Ana ficou em segundo lugar.
Em agosto de 2015 gravamos uma entrevista com Ana Lonardi para o  programa De Volta Pra Casa que foi veiculada em um canal no YouTube em dezembro no encerramento da temporada 2015 (https://youtu.be/5a4tG1apigk) o que nos foi uma grata experiencia onde conhecemos um pouco mais dessa mulher encantadora
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Cantora e compositora, Ana começou a estudar piano popular aos cinco anos de idade tendo como professora Simone Rasslan, fez parte do coral infantil Santa Rosa de Lima até os 9 anos de idade e na adolescência integrou o coral do Instituto Dias da Cruz atuando como solista.

A carreira artística teve inicio trabalhando com músicos como Geraldo Flach e Julio Herrlein, já trabalhou com nomes de peso na musica brasileira e internacional como Roberto Menescal (com quem divide a composição de uma musica), Arrigo Barnabé (contracenou ao lado dele no filme Nervos de Aço de Mauricio Capovilla, inspirado na obra de Lupicinio Rodrigues e indicado em 2012 para o Festival de Cinema de Havana), Rick Wakeman, entre outros, sem contar a participação em apresentações das mais importantes orquestras do Rio Grande do Sul. Hoje suas musicas tocam no Sul e Sudeste em diversas rádios, Bem como em rádios de Barcelona e Granada na Espanha, tendo estreado ao vivo na Europa no 2° Festival do Rio Grande do Sul em Paris que aconteceu em outubro de 2014. 
 
Como se isso não fosse o bastante Ana esta gravando um CD duplo que deve estar pronto ainda este ano e produziu o documentário "Arte das Musas" onde retrata a história real de 15 musicistas de diferentes estilos, origens e gerações , com depoimentos sobre a profissão musica, performances e recortes documentais das trajetórias de cada uma delas na Musica. Também estão envolvidos na produção do documentário o diretor Tiago Trindade, Simone Rasslan e Allan Dias Castro. O roteiro é da Ana e tem uma linha dinâmica e intuitiva sendo emocionante e engraçado, mostra as idéias, desejos, praticas e talentos das protagonistas.

  

Quanto ao Show que assisti na terça feira, dia 22/03 só tenho a dizer que o crescimento e amadurecimento de Ana Lonardi como cantora e compositora é evidente e fica bem claro quando se vem acompanhando o trabalho dela a algum tempo. Se mostra cada vez mais segura no palco, tem uma sensualidade natural na voz e sabe como usa-la na medida certa. O que mais me surpreende é que quem tem um pouco mais de contato com Ana Lonardi sabe que ela fora dos palco esta longe de ser o estilo "mulher fatal" , é uma mulher que com toda sua força e personalidade não perdeu a doçura ou mesmo a inocência, sim inocência...inocência de quem mantem a fé (que independe de religião) na pessoas, fé na humanidade... 
  
Ana Lonardi é uma estrela em ascensão e tem tudo para crescer e se estabelecer na musica não se limitando só ao Brasil, Ana Lonardi tem talento para conquistar o mundo, para ser uma artista internacional.

  

  

  


  
























sábado, 26 de março de 2016

Ze Caradipia, abre com excelente publico, Musical Evora em nova sala

A 10 dias atras fui assistir ao Musical Évora que, em virtude da redução de pessoal no Theatro São Pedro foi transferido do Átrio do São Pedro para a Sala de Musica do Multipalco. Ainda não conhecia as salas do multipalco, nem fazia ideia de quantos andares haviam ali pra baixo, é um ótimo espaço que precisa ser melhor aproveitado.



Quem subiu ao palco neste primeiro show fora do Átrio foi Zé Caradipia em um espetáculo voz e violão. Conheço o trabalho de Caradipia a algum tempo, esta é a terceira vez nos últimos anos que o assisto, vi uma apresentação dele em um Ecarta Musical e depois na CCMQ. 


Caradipia é um cantor, violonista e compositor de grande sensibilidade, com seu jeito tímido e estilo intimista em todas as apresentações que estive sempre me passou aquela sensação de familiaridade, aquela sensação de que se esta em um encontro de amigos na sala de alguém... E mesmo dizendo que não iria falar entre uma musica e outra a conversa ia acontecendo.

Caradipia iniciou a carreira em meados dos anos 70, foi integrante do Grupo Cordas & Rimas e ao longo de sua trajetória participou de uma infinidade de eventos culturais, festivais de musica, feiras e mostras musicais pelo Brasil e no exterior. 
Como compositor, teve e tem canções gravadas por grandes interpretes gaúchos como são Flora Almeida, Nanci Araujo, Loma entre outros, mas foi na decada de 1980 que obteve reconhecimento nacional quando a canção Asa Morena estourou em todo Brasil na voz de Zizi Pozzi, sendo considerada uma das mais populares do século XX no Brasil. 
  
No show do dia 16, no Musical Evora foi impossível não cantar Asa Morena que nesta ocasião contou com a interpretação da bela voz de Elisa, filha de Caradipia, que emocionou a todos os assistentes fazendo com que muitas pessoas ao final da canção estivessem com os olhos marejados...
 
Ao final do Show que estava lindo e com um excelente publico pude concluir com relação ao novo local: talvez o Évora tenha perdido um pouquinho do seu charme mas ganhou muito em termos técnicos e conforto, a Sala de Musica do Multipalco é climatizada, abre a possibilidade de gravações de áudio e vídeo de maior qualidade pois tem uma acústica perfeita afinal foi projetada ensaios e outras  atividades musicais. 
  
O Show Zé Caradipia - voz e violão foi lindo, um reencontro com  a musica de um compositor que conheço e acompanho a algum tempo e uma grande reunião de amigos, pessoas que fazem a história da musica no Rio Grande do Sul, que tive oportunidade de presenciar e registrar.
 
















sexta-feira, 18 de março de 2016

E o Morrostock invadiu a capital...

Em 2016 para comemorar os 10 anos de existência o Morrostock invade a cidade e na quinta-feira, dia 10/03 aconteceu a primeira Noites Morrostock no Bar Opinião, outros shows devem ocorrer no transcurso do ano.
Para este primeiro show a ideia foi investir na diversidade com três bandas com caraterísticas bem marcantes e distintas.
A primeira a subir no palco foi Mari Martinez & The Soulmates que não se intimidaram com o fato de abrirem a noite, Mari tem uma ótima presença de palco e suas composições trazem principalmente relatos de incompreensão,dores e perdas, falam de relacionamentos descompassados e principalmente de dar a vota por cima e superar as dificuldades. Quase todas as composições tem uma batida forte e uma sonoridade densa mas em nenhum momento é triste ou depressiva, ao contrario, suas letras fortes e a sonoridade vibrante impulsionam para frente, são um grito de resistência. Mesmo com a grande maioria do publico ansioso por ver entrar ao palco a grande atração da noite Mari e os Soulmates conseguiram manter o publico atento e interessado na movimentação do palco, fizeram uma abertura que aqueceu o publico para a chegada das outras bandas da noite.

A grande maioria das pessoas estava ali para conferir de perto, ao vivo o trabalho de Liniker. 
Liniker Barros é um jovem cantor e compositor que esta causando sensação por sua voz poderosa, com tom grave e um pouco rouca. é um cantor de soul, de black  music que mescla as influencias do samba rock e samba de raiz com outras sonoridades tanto da musica brasileira como internacional. 
Liniker é talentoso e cheio de personalidade, tem um estilo próprio, é um transgressor, mas é um transgressor do bem que não buscar agredir ou chocar seus semelhantes. Já havia visto alguns videos dele com suas saias longas, turbantes, brincos e batons, claro que vi tudo isso mas o que realmente me chamou a atenção foi sua voz. Quando ele subiu ao palco do Opinião com um vestido longo amarelo, brincos combinando uma maquiagem bem feita mas sem exageros, tu vê tudo isso mas a postura dele com estas roupas é tão natural que passa a ser natural para quem vê também. 
Liniker tem uma postura e altivez no palco que impressionam, inspira dignidade e respeito, passa a imagem daquela pessoas que respeita aos demais por que quer ser respeitado pelo que é e não pelo que a sociedade  tenta nos impor. Hoje vivemos tempos estranhos, para mim Liniker não causa espanto,afinal sou de uma geração de viu as extravagancias de Caetano, viu Ney Matogrosso surgir com os Secos e Molhados, a nível internacional viu Boy George do Culture Club e o próprio David Bowie, isso  sem falar nas tanguinhas do Gabeira mas nos dias atuais, diante de tantos retrocessos e o aumento do preconceito Liniker assume uma importância inigualável, é a resistência contra o retrocesso. Em tempos de "Bossalnaro" e Cunhas, Lineker é de um frescor e encantamento sublimes.

E a Noite Morrostock fechou com a Bandinha Di Da Do, grupo de músicos que mesclam teatro e circo em suas apresentações e envolvem o publico em uma atmosfera de alegria e diversão da qual é impossível não participar. Conheço o trabalho do Mauro, vocalista de bandinha como ator, ao lado da esposa, na Cia. Teatral Um Pé de Dois, já havia assistido a performance dele como o homem banda em alguns domingos no Parque da Redenção mas esta foi a primeira vez que assisti a Bandinha e admito que fiquei encantada. Quando eles começam a tocar as pessoas se envolvem de tal maneira que não querem parar, poderiam ficar ali, dançando quase que hipnotizadas até amanhecer ou quiza mais. Não é questão de comparar, longe disso, até porque a Bandinha são músicos que brincar de atuar no palco, mas como não lembrar de Tangos e Tragedias aos olhar a Bandinha se apresentar? Hique e Nico foram os precursores teste tipo de apresentação, ao ver a Bandinha no palco, com todas as diferenças que tem do trabalho que Hique e Nico desenvolveram juntos ,  o pensamento é automático... "olha Nico o legado que deixastes pra nós, talvez não tenha sido tua intenção mas com certeza fizeste escola e ainda tem muita gente que seguira teus passos... " 
Sai muito impressionada com o belo trabalho da Bandinha Di Da Do  e vou estar atenta para as próximas apresentações deles, quero voltar a assisti-los.