sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Unimúsica recebeu, talvez, o mais irreverente dos irreverentes: Carlos Careqa

Ontem o Unimúsica, dentro da serie Irreverencia, tenha recebido, na minha opinião, o mais irreverentes dos irreverentes, Carlos Careqa. Confesso que conheço muito pouco do trabalho dele, cheguei ao Salão de Atos quase como uma folha em branco, praticamente sem referencias concretas deste artistas, sabendo basicamente que ele vem da "mesma tanda" do Premeditando o Breque, Arrigo Barnabé (que abriu o Unimúsica este ano), Itamar Assunção.. ou seja, faz partes "dos malditos" da vanguarda paulista, o que prometia um excelente show.
Careqa surpreende desde que entra no palco, conversa com o publico, brinca, debocha... e canta, na verdade encanta com tanta irreverencia... suas letras são escrachadas e quase todas com temática improvável e pouco comuns, ele não é obvio mesmo quando fala do obvio. Durante quasa todo o show nos levou a dar boas risadas com suas letras muito engraçadas mas sempre muito inteligentes e bem elaboradas. 

O ponto alto do Show, foi. com certeza, a homenagem que fez a Nico Nicolaiewsky, com a bela canção "Para o Nico", foi um momento de grande emoção onde, depois de chorarmos de tanto rir, levou a todos as lagrimas, inclusive ele... foi lindo!
Claro que depois disso o show, mesmo tendo que continuar, mudou de vibração, ficou no ar muita emoção e saudade, o publico deu uma "brochada" e o deboche ficou mais contido... Com certeza, aquela homenagem foi tão bonita e impactante que deixou as pessoas ali presentes com uma vibração muito diferente da inicial... foi uma mudança abrupta de vibração, o impacto foi muito grande, mas não tenho duvidas de que foi o melhor momento do show e talvez uma das  homenagens mais emocionadas e sinceras que vi para  Nico Nicolaiewisky... para mim o show de Carlos Careqa terminou com todos os méritos naquela canção, fiquei com aquela emoção e uma certa tristeza por um bom tempo, inclusive agora enquanto escrevo percebo o quanto ela continua aqui... Só quem esteve no Salão de Atos vai entender o que quero dizer, ou talvez, uma bela sequencia de fotos que fiz possa dar uma noção do tamanho da carga de emoção...


 
















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