Ontem da CCMQ fui direto para o Teatro Renascença onde acontece o Sons da Cidade, projeto criado em 2016 que é voltado à diversidade da produção musical de Porto Alegre, e é uma realização da Prefeitura, por meio da Coordenação de Música da Secretaria Municipal da Cultura.
Na edição de ontem dividiram o palco Carmen Correa e Chama Violeta ao final do espetáculo a primeira coisa que me veio a cabeça foi como dois estilos e shows tão diferentes tinham tanto em comum.
Carmen entra primeiro, voz e violão, com uma proposta bem intimista...o próprio cenário montado já remetia a ideia de aconchego, de um encontro entre amigos na sala de casa. Carmen conversou muito, falou sobre o seu processo atual de preparação do primeiro disco e mostrou suas novas composições. A voz de Carmen consegue ser doce e forte ao mesmo tempo, passa uma segurança e confiança que impressionam sempre que escuto.
Esta foi a primeira vez que assisti Carmen sozinha no palco, a algum tempo atras ela vez uma participação em um show da Ana Lonardi onde cantaram juntas a canção Branquela da Carmen e aquilo me emocionou muito, foi de arrepiar (tenho este vídeo) e ano passado tive a oportunidade de assistir no Teatro do Sesc o espetáculo coletivo Mulher EnCanto onde cada uma apresentou duas musicas do seu trabalho autoral. Ontem assisti uma bela mostra do que será o disco de Carmen e da ascensão e reconhecimento de uma grande cantora e compositora.
E depois de um rápido intervalo para retirar o cenário e preparar o palco é a vez da Chama Violeta se apresentar... A formação tem Chirú (voz e violão), Paulo Liska (baixo), Duda Cunha (bateria), Titeu Moraes (guitarra e violão), Rafael Pavão e Lua Fernandes (percussão) e esse pessoal tem uma energia unica, com muita animação e cheios de gratidão (vou uma das palavras que mais ouvi ser mencionada por Chirú, vocalista da banda. Todos são músicos excelentes e se divertem em quanto tocam, alguns são mais tímidos e discretos enquanto outros se destacam até quando ficam no cantinho... Não tenho como deixar de destacar o carisma do Chirú e a luz da Lua que lá no fundo do palco tentando ser discreta não conseguia opacar seu brilho.
A banda mistura uma grande diversidade de sonoridades e estilos brasileiros, sem prender-se a um gênero específico - vão do samba a soul music passando pelo baião, a ciranda, os folclores regionais, os ritmos africanos.
Este é outro excelente CD que deve chegar ao mercado ano que vem...fiquem atentos!
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