quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Mosaicografia teve mais uma palestra.




Desde o dia 15/09 encontra-se no Mezanino da Casa de Cultura Mario Quintana em belo painel fotográfico composto por 55 imagens de quatro fotógrafos e um convidado. Otávio Teixeira, Jorge Aguiar, Zezé Carneiro e Marcos Monteiro convidaram Bebeto Alves para participar do projeto que mais que divulgar seus trabalhos tem o intuito de conversar sobre fotografia... Dentro do período da exposição que vai até meados de novembro estão acontecendo algumas palestras, ou melhor, trocas de ideias com alguns profissionais que trabalham na área sobre assuntos de importância não só para profissionais da fotografia mas para todos que se interessam por ela. 

Estive da abertura dia 15/09 e tive a oportunidade de assistir a palestra do dia 19/09 que teve como convidado palestrante Marcos Varanda, curador das Galerias Porão de São Paulo que teve como tema O Mercado da Fotografia no Brasil.

Ontem no final da tarde aconteceu a palestra cujo tema foi O Papel da Curadoria na Fotografia com o palestrante convidado Fábio André Rheinheimer, arquiteto, artista visual, curador do Café do MARGS. 

O que assisti ontem foi um agradável bate
papo onde o convidado relatou um pouco do trabalho que realiza no Café do MARGS, as limitações e dificuldades que e encontra e principalmente o papel do curador como intermediário do artista (fotografo) e seu publico. Que é necessário conhecer o não só local onde ocorrerá a exposição como também o tipo de pessoas que circulam pelo local pois a exposição tem que atingir, positivamente a todos e as vezes o artista não consegue ter esta percepção.


Fabio falou da boa receptividade que tem tido as exposições de fotografia no Café, que mesmo sem recursos tem recebido um grande apoio da mídia e aceitação do publico que tem prestigiado e elogiado a iniciativa pois trás a arte para o ambiente mais acolhedor do café e da preocupação que tem em combinar a abertura e o encerramento da exposição com uma apresentação musical e levando um publico maior a visitação e a ter um contato direto com o artista. 


Outro aspecto importante que foi mencionado é a grande procura pelo local para exposição por parte dos artistas e a maneira como os trabalhos são escolhidos, o curador não se preocupa em olhar currículos, trajetórias, apenas portfólios... é o próprio trabalho que apresentara seu autor. São as fotografias quer dizem quem é o artista e o que ele quer dizer, achei muito interessante ouvi-lo dizer que mesmo conhecendo a importante trajetória do fotografo procura se desligar dela na hora de avaliar o trabalho proposto tenta dar um tratamento igualitário ao iniciante e ao fotografo renomado (pelo menos esta foi a ideia que ele me passou enquanto falava). Foi falado também da banalização da tragedia e da necessidade na foto documental de mostrar o lado humano da realidade,que até nas maiores tragedias é possível encontrar uma certa beleza e leveza e esta é a imagem da realidade que o fotografo pode e deve buscar.

É claro que em meio a tudo isso existe a discussão (batida por sinal) se fotografia é arte ou apenas o registro de um momento, de um instante... se pode estar nos museus ou apenas em galerias especializadas...Na minha opinião o que faz a arte é o olhar pessoal do artista, a sensação que ele provoca nas outras pessoas, a maneira como ele se comunica com elas, o que menos importe são os meios usados para expressar sua arte... Para mim fotografia é arte, arte de perpetuar um momento sob o angulo pessoal e único do fotografo, é onde o fotografo se expõe, onde ele mostra quem ele é e como percebe a vida, basta as pessoas saberem como interpretar as imagens.

Na minha opinião o encontro de ontem foi muito produtivo, ouvindo a respeito das experiencias pessoas do Fabio pude entender bem as funções e a importância de um curador na fotografia e as participações dos assistentes , a maioria profissionais da área foram muito esclarecedoras e deram um aporte maior de subsídios ao tema.










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