sábado, 5 de março de 2016

Caio F por quem conheceu Caio F...

Semana passada, mais precisamente na quarta-feira, dia 24, estive no Santander Cultural para assistir o espetáculo Canções e Momento de Caio F.  A ideia era mostrar a ligação de Caio com a musica, não apenas como letristas, canções compostas pra ele e outras que foram representativas na vida deste grande escritor. O espetáculo foi dirigido e comentado por Luciano Alabarce, com a bela interpretação de Muni nas canções e Pingo Alabarce nos textos, usando como base um conto de Caio que era lido por Pingo de forma intercalada com as canções que de uma maneria ou de outra foram significativas na vida do escritor Luciano Alabarce, que foi grande amigo de Caio, ia fazendo seus comentários com importantes passagens da vida do escritor.
  
Caio Fernando Abreu foi jornalista, dramaturgo e escritor brasileiro, um dos grandes expoentes da sua geração, possuía um estilo bem pessoal, fala de sexo, morte, medo e principalmente de solidão, tema constante em seus textos. Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS frequentou os cursos de Letras e Artes Cênicas mas abandonou ambos e trabalhou como jornalista em jornais e revistas de entretenimento, entre elas, Nova, Manchete,Veja e Pop, tendo sido colaborador nos jornais Correio do Povo, Zero Hora, Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo. Já no seu primeiro romance, em 1970, o texto apresenta as características que o acompanharam sempre: angustia diante do futuro e a certeza da morte no final... para ele, a vida devia ser buscada continuamente. Buscando inspiração para suas obras nos momentos marcantes de sua vida, mesmo de forma despercebida, a maioria de suas criações e personagens retratavam um modo triste e cinzento de viver, uma constante turbulência emocional em busca da felicidade. 
Em 1995, já doente, poucos meses antes de falecer, Caio Fernando Abreu foi patrono da 41° Feira do Livro de Porto Alegre.
  
Tudo se encaixou perfeitamente, texto, musica e comentários eram interligados de forma harmoniosa, fazendo um espetáculo emotivo e sensível sem ser triste ou deprimente... Saudade e boas lembranças prevaleceram na homenagem a um escritor tão atual hoje quanto foi em seu tempo, afinal Caio, mesmo tendo vivido ativamente o período de ditadura militar e sofrido com isso (se viu obrigado a optar pela clandestinidade e o exílio) sempre teve como principal inspiração a conturbada alma e sentimentos tornando-se por esse motivo um escritor atemporal sendo venerado por jovens que nem haviam nascido quando ele partiu...
  
Ao final do espetáculo Luciano pediu que a astróloga Amanda Costa falasse um pouco da personalidade de Caio dentro da astrologia, o que foi muito interessante.

 


 


                        





  

 



















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